392 - Dia do Cabelereiro: Trata-se de uma homenagem a
São Martinho de Porres, declarado
padroeiro
dos cabeleireiros, dos
barbeiros e
afins pelo
papa Paulo VI. Nascido no
dia
9 de dezembro de 1579 em
Lima, no
Peru, Martinho era filho de um
cavaleiro espanhol e de uma
ex-escrava, e nunca foi reconhecido por seu
pai ou pelos familiares. Aos
15 anos, descobriu sua vocação e entrou
para a vida religiosa. Desenvolveu um talento especial para a
medicina e
chegou a trabalhar como
barbeiro-cirurgião. Após uma vida totalmente
dedicada aos desamparados, Martinho morreu no dia
3 de novembro de
1639. Seu dia começou a ser comemorado no Brasil em
1978.
Tirado de: www.jambo.com.br/datas-comemorativas/136
393 - Instituição do Direito e Voto da Mulher: Hoje
no Brasil o direito ao voto é assegurado a todos os
cidadãos maiores de 18 anos. Mas nem sempre foi
assim. Em 1822, um pouco depois da independência do
País, só votavam os homens brancos e ricos. Os pobres
não tinham esse direito, e os negros eram escravos,
portanto serviçais, as mulheres nem pensar.
Faz só 76
anos que a mulher brasileira ganhou o direito de votar nas eleições
nacionais. Esse direito foi obtido por meio do Código Eleitoral
Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista não foi
completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com
autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem
votar.
As restrições ao
pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral
de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino.
Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser
obrigatório em 1946.
O
direito ao voto feminino começou pelo Rio Grande do Norte. Em 1927, o
Estado se tornou o primeiro do país a permitir que as mulheres votassem
nas eleições.
Naquele
mesmo ano, a professora Celina Guimarães - de Mossoró (RN) se tornou a
primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral. A conquista
regional desse direito beneficiou a luta feminina da expansão do "voto
de saias" para todo o país.
A
primeira mulher escolhida para ocupar um cargo eletivo é do Rio Grande
do Norte. Foi Alzira Soriano, eleita prefeita de Lajes, em 1928, pelo
Partido Republicano. Mas ela não terminou o seu mandato. A Comissão de
Poderes do Senado anulou os votos de todas as mulheres.
Em 3 de maio de 1933, a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a
primeira mulher a votar e ser eleita deputada federal. Ela participou
dos trabalhos na Assembléia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.
A
primeira mulher a ocupar um lugar no Senado foi Eunice Michiles
(PDS-AM), em 1979. Suplente, ela assumiu o posto com a morte do titular
do cargo, o senador João Bosco de Lima. As primeiras mulheres eleitas
senadoras, em 1990, foram Júnia Marise (PRN-MG) e Marluce Pinto
(PTB-RR). Suplente de Fernando Henrique Cardoso, Eva Blay (PSDB-SP)
assumiu o mandato dele quando o tucano se tornou ministro do
ex-presidente Itamar Franco.
Em
1994, Roseana Sarney (pelo então PFL) foi a primeira mulher a ser
eleita governadora, no Maranhão. Em 1996, o Congresso Nacional instituiu
o sistema de cotas na Legislação Eleitoral - que obrigava os partidos a
inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais. No
ano seguinte, o sistema foi revisado e o mínimo passou a ser de 30%.
A
primeira mulher ministra de Estado foi Maria Esther Figueiredo Ferraz
(Educação), em 1982. Hoje, as mulheres não só estão à frente de vários
ministérios como há uma Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres - chefiada por Nilcéa Freire, que tem status de ministra.
Apesar
do avanço feminino na política, o Brasil ainda não teve nenhuma mulher
eleita presidente. Entre as ministras do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva está Dilma Rousseff (Casa Civil), cotada como possível candidata
do PT à Presidência da República, em 2010. Outra ministra, Marta Suplicy
(Turismo) é a favorita dentro do PT para disputar a Prefeitura de São
Paulo nas eleições de outubro de 2008. Seu nome também é cotado para a
eleição para o governo de São Paulo, em 2010.
Cento
e oitenta anos depois, a história mudou e
transformou o voto feminino em fator decisivo no
quadro político nacional. Nas eleições deste ano o
voto da mulher teve um peso muito importante. Ele
representou cerca de 51% do eleitorado nacional. De
acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral foram
58.604.626 mulheres contra 56.431.895 homens.
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Alzira Soriano |
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Bertha Lutz |
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Carlota Pereira de Queiroz |
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